A empresa Vale Moçambique investiu catorze mil milhões de meticais nos primeiros nove meses deste ano no âmbito do projecto carvão Moatize.
Este investimento é o reflexo da qualidade da disciplina na alocação do capital e dos esforços empreendidos para maximizar as operações.
Segundo o gerente de comunicação e desenvolvimento social da Vale Moçambique, este é o melhor resultado financeiro que a Vale já registou, desde a sua instalação.
Adriano Ramos avançou que neste momento mais de noventa por cento da maquinaria pesada para a conclusão da fábrica de refinaria do carvão já se encontra em Moatize.
Ramos explicou que até o momento, os trabalhos decorrem segundo o planificado:
Adriano Ramos explicou que para o funcionamento pleno da mina, a empresa Vale irá precisar cerca de mil e quinhentos trabalhadores. (X)
terça-feira, 30 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
CPLP A CAMINHO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
O Brasil está a concluir a regulamentação da reforma realizada em 2003, acerca da previdência do sector público. Recorde-se que em 1998 foi aprovada uma reforma no sistema de aposentadorias do sector privado.
Em entrevista exclusiva concedida a 9 de Novembro de 2010 , Carlos Eduardo Gabas, Ministro da Previdência do Brasil, no Governo de Lula da Silva, avaliou o modelo de protecção social como correcto e funcional por combinar repartição simples, benefícios subsidiados e previdência complementar capitalizada.
Gabas disse que este modelo já começava a ser espelhado por outros países do mundo, embora admitisse que o desafio estivesse em coordenar essas políticas de modo a tornar o sistema cada vez mais aplicativo.
O cidadão brasileiro já conhece os benefícios que podem advir pelo facto de ser contribuinte do INSS. A finalidade da Previdência Social é proteger e oferecer segurança aos trabalhadores nos momentos cruciais de sua vida.
Sejam eles, a reforma especial, por tempo de contribuição, por invalidez, por idade, auxílio em casos de acidente, reclusão, doença, pensão de sobrevivência em caso de morte, salários família e maternidade; todos estes benefícios estão a altura de quaisquer contribuintes inscritos no INSS sem reserva de questão.
Carlos Gabas está preocupado com brasileiros na diáspora. O titular da pasta da Previdência pretende ver implementados os mesmos benefícios que cabem a qualquer cidadão brasileiro no seu território.
O ministro prevê um acordo entre países da CPLP para resolver a questão de milhões de brasileiros nestes países, e adiantou que:
Gabas garantiu que, no campo da informatização do sistema de segurança social, o Brasil vai enviar ao nosso país, em breve, um técnico de uma empresa de tecnologias de informação que servirá como consultor para a reestruturação do modelo vigente de protecção social.
Em entrevista exclusiva concedida a 9 de Novembro de 2010 , Carlos Eduardo Gabas, Ministro da Previdência do Brasil, no Governo de Lula da Silva, avaliou o modelo de protecção social como correcto e funcional por combinar repartição simples, benefícios subsidiados e previdência complementar capitalizada.
Gabas disse que este modelo já começava a ser espelhado por outros países do mundo, embora admitisse que o desafio estivesse em coordenar essas políticas de modo a tornar o sistema cada vez mais aplicativo.
O cidadão brasileiro já conhece os benefícios que podem advir pelo facto de ser contribuinte do INSS. A finalidade da Previdência Social é proteger e oferecer segurança aos trabalhadores nos momentos cruciais de sua vida.
Sejam eles, a reforma especial, por tempo de contribuição, por invalidez, por idade, auxílio em casos de acidente, reclusão, doença, pensão de sobrevivência em caso de morte, salários família e maternidade; todos estes benefícios estão a altura de quaisquer contribuintes inscritos no INSS sem reserva de questão.
Carlos Gabas está preocupado com brasileiros na diáspora. O titular da pasta da Previdência pretende ver implementados os mesmos benefícios que cabem a qualquer cidadão brasileiro no seu território.
O ministro prevê um acordo entre países da CPLP para resolver a questão de milhões de brasileiros nestes países, e adiantou que:
"No fim do próximo mês, uma equipa moçambicana deverá se deslocar ao Brasil para tomar parte da conferência mundial de Previdência Social e acelerar as negociações para que o acordo seja assinado na reunião da CPLP a decorrer em Março de 2011, na cidade de Luanda, Angola."
Gabas garantiu que, no campo da informatização do sistema de segurança social, o Brasil vai enviar ao nosso país, em breve, um técnico de uma empresa de tecnologias de informação que servirá como consultor para a reestruturação do modelo vigente de protecção social.
Selma Marivate
Link da Entrevista à Carlos Eduardo Bagas:
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Dossier: Quadro geral das instituições de microfinanças em Moçambique
Em 2000, o governo de Moçambique, através do Banco de Moçambique, órgão que assiste e regula o funcionamento de instituições de finanças no país, decidiu fazer licenciamento de instituições de microfinanciamentos viradas para o apoio às populações de classe baixa. Embora se tenham registado algumas iniciativas dispersas e por vezes importantes na área financeira rural moçambicana, estas não se desenvolveram dentro de um quadro de política e planeamento abrangente. Isto colocou um sério constrangimento ao desenvolvimento das áreas rurais e ao sucesso de implementação de muitas iniciativas rurais.
Foi neste contexto que o Governo de Moçambique solicitou ao Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) apoio para desenvolver um programa de finanças rurais. Devido às prioridades do FIDA, esta organização acedeu apoiar o desenvolvimento do programa. No processo de formulação do programa, o Governo constituiu um grupo de referência, envolvendo técnicos de alguns ministérios, tais como o então MPF, o MADER, o MIC, o Ministério das Pescas e o Ministério da Mulher e da Coordenação da Acção Social. Com esta iniciativa, o governo queria fortificar as acções de combate à pobreza nas comunidades moçambicanas através da promoção de investimento urbano e rural.
Neste âmbito surgem as primeiras instituições de microfinanças em 2000. Foram a Procredito, Socremo, Novo Banco e Tchuma, baseadas na sua maioria na capital do país, Maputo. Estas instituições têm como vocação principal apoiar aos pequenos e médios empresários nacionais com objectivo de elevar a qualidade de vida das populaçoes rurais. Gradualmente as mesmas foram-se expandido para o resto do país, ao mesmo tempo que foram aparecendo pequenas cooperativas de crédito viradas para apoio à actividade comercial das comunidades de baixa renda, existindo actualmente pouco mais de 75 instituições de microfinanças, de acordo com dados apresentados em 2008 pela Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas (DNEA).
Mas quais são os requisitos necessários para os microempresários acessarem a este crédito?
De uma forma geral, para o micro-empresário aceder a este crédito, este deve apresentar:
• identificação completa
• plano da actividade comercial que quer realizar
• atestado de residência acompanhada pelo recibo de água ou de luz
• apresentar garantias em mobiliário de casa, tais como camas, frigoríficos e viaturas.
Qual é o valor que concedem e a que taxas de juros?
Depois de ter aprovação de todo o processo, nalgumas instituições de microfinanças, como por exemplo a Socremo e Procrédito, o cliente recebe crédito que varia de mil e quinhentos a vinte mil meticais, valor pagável de seis a 12 meses com uma taxa de juros mensais que varia de 4.5 a 5.75%, dependendo da evolução da sua actividade comercial, mediante avaliação da entidade financiadora.
Quais são as áreas que recebem financiamento?
As áreas prioritárias financiadas são os pequenos negócios, criação de aves, carpintaria, serralharia, agricultura de pequena escala e pescas.
Onde estão baseadas as instituições de microfinanças?
A maioria está sediada nas capitais provinciais de:
• Maputo
• Gaza
• Inhambane
• Sofala
• Tete
• Nampula
• Niassa
• Cabo Delgado
Endereços de algumas instituições de microfinanças:
Banco Procredit, Moçambique
Sede Maputo,
Av. Zedequias Manganhela, 267
Telefone: +258 21 313344
Fax: +258 21 313345
E-mail: info@bancoprocredit.co.mz
Associação moçambicana de microfinanças-Moçambique
Amomif
Sede Maputo: Rua Travessia da Boa morte, 78 - 1º Maputo-Moçambique
Telefax: +258 21 328703
Cell: +258 826616172
E-mail: amomif@tvcabo.co.mz
Cooperativa de Crédito e Poupança TCHUMA
Av. Eduardo Mondlane 1778, Maputo
Tel: +258 21 314876
Associação Kulima
Av. Karl Marx 1452 r/c, Maputo
Tel: +258 21 430665
Cell: +258 843983580
www.kulima.org
Banco de Microfinanças
Socremo
Av. 24 de Julho, 426, Maputo
Tel. +258 21 499409
www.socremo.com
Fontes de consulta:
“Microfinanças - Solução para o combate à pobreza?”, obra de José A. Tomo Psico (Escolar Editora, 2010), Capítulo 2 – Microcrédito como instrumento de desenvolvimento (páginas 13 – 64), Capítulo 5 – Microcrédito em Moçambique, (páginas 159 – 188)
Fundo de Apoio à Reabilitação Económica (FARE)
Fernando Sidumo
Foi neste contexto que o Governo de Moçambique solicitou ao Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) apoio para desenvolver um programa de finanças rurais. Devido às prioridades do FIDA, esta organização acedeu apoiar o desenvolvimento do programa. No processo de formulação do programa, o Governo constituiu um grupo de referência, envolvendo técnicos de alguns ministérios, tais como o então MPF, o MADER, o MIC, o Ministério das Pescas e o Ministério da Mulher e da Coordenação da Acção Social. Com esta iniciativa, o governo queria fortificar as acções de combate à pobreza nas comunidades moçambicanas através da promoção de investimento urbano e rural.
Neste âmbito surgem as primeiras instituições de microfinanças em 2000. Foram a Procredito, Socremo, Novo Banco e Tchuma, baseadas na sua maioria na capital do país, Maputo. Estas instituições têm como vocação principal apoiar aos pequenos e médios empresários nacionais com objectivo de elevar a qualidade de vida das populaçoes rurais. Gradualmente as mesmas foram-se expandido para o resto do país, ao mesmo tempo que foram aparecendo pequenas cooperativas de crédito viradas para apoio à actividade comercial das comunidades de baixa renda, existindo actualmente pouco mais de 75 instituições de microfinanças, de acordo com dados apresentados em 2008 pela Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas (DNEA).
Mas quais são os requisitos necessários para os microempresários acessarem a este crédito?
De uma forma geral, para o micro-empresário aceder a este crédito, este deve apresentar:
• identificação completa
• plano da actividade comercial que quer realizar
• atestado de residência acompanhada pelo recibo de água ou de luz
• apresentar garantias em mobiliário de casa, tais como camas, frigoríficos e viaturas.
Qual é o valor que concedem e a que taxas de juros?
Depois de ter aprovação de todo o processo, nalgumas instituições de microfinanças, como por exemplo a Socremo e Procrédito, o cliente recebe crédito que varia de mil e quinhentos a vinte mil meticais, valor pagável de seis a 12 meses com uma taxa de juros mensais que varia de 4.5 a 5.75%, dependendo da evolução da sua actividade comercial, mediante avaliação da entidade financiadora.
Quais são as áreas que recebem financiamento?
As áreas prioritárias financiadas são os pequenos negócios, criação de aves, carpintaria, serralharia, agricultura de pequena escala e pescas.
Onde estão baseadas as instituições de microfinanças?
A maioria está sediada nas capitais provinciais de:
• Maputo
• Gaza
• Inhambane
• Sofala
• Tete
• Nampula
• Niassa
• Cabo Delgado
Endereços de algumas instituições de microfinanças:
Banco Procredit, Moçambique
Sede Maputo,
Av. Zedequias Manganhela, 267
Telefone: +258 21 313344
Fax: +258 21 313345
E-mail: info@bancoprocredit.co.mz
Associação moçambicana de microfinanças-Moçambique
Amomif
Sede Maputo: Rua Travessia da Boa morte, 78 - 1º Maputo-Moçambique
Telefax: +258 21 328703
Cell: +258 826616172
E-mail: amomif@tvcabo.co.mz
Cooperativa de Crédito e Poupança TCHUMA
Av. Eduardo Mondlane 1778, Maputo
Tel: +258 21 314876
Associação Kulima
Av. Karl Marx 1452 r/c, Maputo
Tel: +258 21 430665
Cell: +258 843983580
www.kulima.org
Banco de Microfinanças
Socremo
Av. 24 de Julho, 426, Maputo
Tel. +258 21 499409
www.socremo.com
Fontes de consulta:
“Microfinanças - Solução para o combate à pobreza?”, obra de José A. Tomo Psico (Escolar Editora, 2010), Capítulo 2 – Microcrédito como instrumento de desenvolvimento (páginas 13 – 64), Capítulo 5 – Microcrédito em Moçambique, (páginas 159 – 188)
Fundo de Apoio à Reabilitação Económica (FARE)
Fernando Sidumo
O desemprego oficial e inoficial em Moçambique
Quantos desempregados existem em Moçambique?
O Instituto Nacional de Estatística (INE) sustenta que 18,7% dos Moçambicanos (taxa referente aos anos 2004/5) não têm emprego. Enquanto 6,8% da população activa tem empregos no sector privado, 72,5% trabalha por “conta própria”.
Veja as tabelas seguintes, especificando as taxas reais de desemprego e empregos entre 2004/05:
1. Taxas de desemprego
Características seleccionadas | Sexo | ||
Homens % | Mulheres% | Total% | |
Total | 14.7 | 21.7 | 18.7 |
Área de residência | |||
Urbano | 25.6 | 35.7 | 31.0 |
Rural | 9.1 | 15.7 | 12.9 |
Região | |||
Norte | 10.4 | 22.0 | 16.6 |
Centro | 12.0 | 19.6 | 16.2 |
Sul | 25.6 | 24.5 | 25.0 |
2. Taxas de emprego
Características seleccionadas | Sexo | ||
Homens % | Mulheres% | Total% | |
Total | 72.3 | 77.6 | 74.6 |
Área de residência | |||
Urbano | 54.1 | 62.8 | 58.2 |
Rural | 81.3 | 86.2 | 83.4 |
Região | |||
Norte | 73.9 | 82.7 | 78.0 |
Centro | 75.0 | 80.9 | 77.6 |
Sul | 67.1 | 65.2 | 66.3 |
Fonte: INE
O governo moçambicano está a levar a cabo o projecto de caravanas móveis ao nivel dos distritos. Este projecto visa promover as acções de formação profissional junto das populações. Os distritos são considerados locais onde há poucas oportunidades de formação profissional comparativamente às capitais provinciais que possuem centros de emprego.
Pode ouvir aqui a entrevista com directora nacional de Emprego no Instituto de Emprego e Formação Profissional, Elsa Barca:
Elsa Barca fala das caravanas móveis no país by faizalinho
Faizal Raimo
Faltam casas para os jovens de Maputo
Cecília Sicanso |
Acesso à terra, taxas de juros altas e políticas elitistas dificultam esta camada social a ter uma habitação. Uma situação que leva muitos jovens da capital moçambicana a ter que compartilhar a mesma dependência.
Cecília Sicanso, de 28 anos de idade, vive momentos difíceis por falta de uma habitação própria. Reside no Bairro das Maotas, em Maputo, onde paga uma renda mensal de oito mil meticais. O salário que ganha como funcionária do Tribunal Supremo não chega para as despesas de Cecília, mãe de uma filha e com um segundo bebé prestes a nascer.
Já pensou em construir, mas as políticas de habitação preconizadas pelo governo não são favoráveis. As taxas de juros são muito altas: variam de
Tardel de Guimarães |
Tardel de Guimarães, outro jovem na faixa etária dos vinte, também se queixa deste problema, mas defende que os jovens devem esforçar-se mais e dar o seu melhor para garantir o próprio futuro.
O presidente do Conselho da Administração do Fundo para o Fomento de Habitação, Rui Costa, desdramatiza a situação e diz que as políticas daquela instituição do governo são favoráveis a todas as camadas sociais. Segundo este responsável, as taxas de juro rondam os 8%.
Para minimizar o problema da falta de habitação na cidade de Maputo, muitos jovens recorrem a medidas alternativas. Há quem compartilhe a mesma dependência e, nalguns casos, até o mesmo quarto. Uma solução extrema é o regresso às províncias, onde o problema da terra não tem a mesma dimensão que nas cidades.
Idalina Patia
Programa de rádio produzido pelos formandos
Desemprego, pobreza, falta de infraestruturas.Quando a fome aperta , a consciência desperta.
O retrato económico e social de Maputo é duro, mas tem também alguns momentos solares.
Se quer saber mais, basta ouvir as nossas reportagens.
Programa Rádio produzido pelos formandos do curso de Jornalismo Económico by camalees
O retrato económico e social de Maputo é duro, mas tem também alguns momentos solares.
Se quer saber mais, basta ouvir as nossas reportagens.
Programa Rádio produzido pelos formandos do curso de Jornalismo Económico by camalees
Transporte rodoviário em Maputo inferniza munícipes
O dia-a-dia de quem trabalha em Maputo é um autêntico drama devido à falta de autocarros e ao congestionamento no trafégo. A edilidade já prometeu resolver o problema a partir do próximo ano.
A vendedeira de legumes Delfina Miguel, de 37 anos, que trabalha no Mercado Municipal de Maputo é uma das vitímas do sistema de transportes. Compra a mercadoria no Mercado de Zimpeto, mas leva cerca de duas horas a chegar ao seu posto de trabalho.
Se o transporte rodoviário de passageiros fosse mais eficiente, a comerciante poderia trabalhar mais e ganhar mais dinheiro. “Perco negócio porque as seis horas o mercado já está aberto e os clientes vêm aqui e não me apanham, porque ainda estou a comprar mercadoria”, lamenta Delfina Miguel.
Para além da insuficiência de autocarros há uma indisciplina generalizada dos operadores que encurtam as rotas, considera o Presidente da Associação dos Transportadores rodoviários de Maputo, Samuel Nhatitima.
A vendedeira de legumes Delfina Miguel |
O parque de automovéis em Maputo passou de 185.392 para 290.607 veiculos entre 2004 e 2008, segundo dados do Ministério dos Transportes e Comunicações.
O Conselho Municipal vai intervir, reordenando a rede de estradas da zona urbana, num projecto avaliado em mais de três mil milhões de meticais. Prevê-se entre outras acções a eliminação dos passeios centrais e a criação de faixas de rodagem específicas para autocarros de passageiros.
A edilidade pretende igualmente, num outro projecto, modernizar a sinalização. Para isso vai montar camâras de filmagem nas principais ruas e um centro de controlo que permitirá visualizar o trafégo em tempo real.
Enquanto se aguarda pelos resultados destes projectos, a vendedeira Delfina Miguel pensa já noutras soluções como, por exemplo, comprar uma viatura própria.
Sérgio Mamudo
Sérgio Mamudo
Preços pouco honestos baralham consumidores
Em Maputo, a desonestidade e o oportunismo dos comerciantes na colocação de preços dos produtos alimentares tem sido uma realidade. Pelo menos essa é a opinião quer dos consumidores, quer dos próprios vendedores.
O principal alvo deste oportunismo é o consumidor, que se depara no mesmo local com vários preços para o mesmo produto, tanto no comėrcio informal como no formal. Algo que acontece até sob os olhos de alguns agentes da inspecção de preços.
Para os consumidores, a solução para este problema seria a inspecção permanente de preços nos mercados, lojas e supermercados.
O inspector do Ministério da Indústria e Comércio, José Rodolfo, confirma a existência de comerciantes desonestos e diz que está em curso um trabalho de educação sobre a postura de um vendedor ou comerciante. Uma medida que poderá minimizar as queixas dos consumidores, afirma o responsável.
Rodolfo reconhece que há fraquezas na equipa de inspecção de preços, algo que se deve à crise de recursos, entre os quais a falta de transporte. Admite também a existência de casos de suborno de alguns agentes da inspecção por vendedores ou comerciantes.
A desonestidade dos comerciantes ė premeditada e por vezes tem como objectivo baralhar o consumidor no que toca aos preços, explica o economista moçambicano Luís Magaço.
Sublinha que o Estado tambėm perde dinheiro com a desonestidade de alguns comerciantes e defende que se deve educar o consumidor a exigir recibo ou factura do produto que estiver a comprar. Nesse sentido, afirma Magaço, poderá evitar-se que muito dinheiro fique no bolso dos comerciantes.
Orlando Ngovene
O principal alvo deste oportunismo é o consumidor, que se depara no mesmo local com vários preços para o mesmo produto, tanto no comėrcio informal como no formal. Algo que acontece até sob os olhos de alguns agentes da inspecção de preços.
Para os consumidores, a solução para este problema seria a inspecção permanente de preços nos mercados, lojas e supermercados.
O inspector do Ministério da Indústria e Comércio, José Rodolfo, confirma a existência de comerciantes desonestos e diz que está em curso um trabalho de educação sobre a postura de um vendedor ou comerciante. Uma medida que poderá minimizar as queixas dos consumidores, afirma o responsável.
Rodolfo reconhece que há fraquezas na equipa de inspecção de preços, algo que se deve à crise de recursos, entre os quais a falta de transporte. Admite também a existência de casos de suborno de alguns agentes da inspecção por vendedores ou comerciantes.
A desonestidade dos comerciantes ė premeditada e por vezes tem como objectivo baralhar o consumidor no que toca aos preços, explica o economista moçambicano Luís Magaço.
Sublinha que o Estado tambėm perde dinheiro com a desonestidade de alguns comerciantes e defende que se deve educar o consumidor a exigir recibo ou factura do produto que estiver a comprar. Nesse sentido, afirma Magaço, poderá evitar-se que muito dinheiro fique no bolso dos comerciantes.
Orlando Ngovene
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Passeios de Maputo atraem o negócio
O comércio informal virou moda em Moçambique. Esta prática é maioritariamente praticada nas principais avenidas e ruas das cidades.
No caso particular da capital do país, Maputo, este tipo de negócio acontece nos passeios, dificultando a livre circulação de peões. Entre os produtos mais espostos, o destaque vai para esculturas de arte, roupa, celulares e comida.
Será este um dos caminhos para o desenvolvimeto do país? Fomos à rua perguntar aos cidadãos o que acham desta prática.
O que acha o povo sobre vendedores nos passeios da cidade de Maputo by faizalinho
No caso particular da capital do país, Maputo, este tipo de negócio acontece nos passeios, dificultando a livre circulação de peões. Entre os produtos mais espostos, o destaque vai para esculturas de arte, roupa, celulares e comida.
Será este um dos caminhos para o desenvolvimeto do país? Fomos à rua perguntar aos cidadãos o que acham desta prática.
O que acha o povo sobre vendedores nos passeios da cidade de Maputo by faizalinho
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Preço: Será um dos promotores da pobreza?
As constantes mudanças do preço dos produtos básicos que se verificam na cidade de Maputo estão a tornar mais caro o custo de vida da população. Quase que se pode afirmar que se há algo que aumenta de dia após dia em Maputo é o preço.
O preço é o valor dado a um produto. Ou seja: é a soma de dinheiro que se tem que pagar para receber este produto.
Em Maputo, capital de Moçambique, os produtos da primeira necessidade estão a subir cada vez mais.
Os consumidores continuam a lamentar o preço do pão que, segundo afirmam, continua alto. Queixam-se também do peso deste produto que é considerado ainda pouco.
Esta situação acontece numa altura em que muitas famílias se socorrem do pão para muitas refeições.
A subida dos preços está a contribuir também para o elevado nível de custo de vida. O salário magro que a maioria dos funcionários recebe não consegue cobrir as despesas para a compra de produtos essenciais.
O preço do pão não é o único que está a subir. Há outros produtos básicos que também estão mais caros, como apresentamos a seguir:
Produto Antes (em Setembro de 2010) Actual
Pão 250g: 5.0 Mts 250g: 7.5 Mts
Tomate 1 kg: 20.00 Mts 1kg: 30.00 Mts
Sabão 1 Barra: 10.00 Mts 1 Barra: 15.00 Mts
Batata 1kg: 25.00 Mts 1kg: 35 Mts
Sérgio Sixpence
O preço é o valor dado a um produto. Ou seja: é a soma de dinheiro que se tem que pagar para receber este produto.
Em Maputo, capital de Moçambique, os produtos da primeira necessidade estão a subir cada vez mais.
Os consumidores continuam a lamentar o preço do pão que, segundo afirmam, continua alto. Queixam-se também do peso deste produto que é considerado ainda pouco.
Esta situação acontece numa altura em que muitas famílias se socorrem do pão para muitas refeições.
A subida dos preços está a contribuir também para o elevado nível de custo de vida. O salário magro que a maioria dos funcionários recebe não consegue cobrir as despesas para a compra de produtos essenciais.
O preço do pão não é o único que está a subir. Há outros produtos básicos que também estão mais caros, como apresentamos a seguir:
Produto Antes (em Setembro de 2010) Actual
Pão 250g: 5.0 Mts 250g: 7.5 Mts
Tomate 1 kg: 20.00 Mts 1kg: 30.00 Mts
Sabão 1 Barra: 10.00 Mts 1 Barra: 15.00 Mts
Batata 1kg: 25.00 Mts 1kg: 35 Mts
Sérgio Sixpence
Moçambique em números - Ficha do país
Capital: Maputo
Presidente da República: Armando Emílio Guebuza
Data de independência: 25 Junho 1975
1. INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA:
Área: 799 390 Km2 (13.000 Km2 de águas territoriais)
Clima: Tropical/subtropical
2. INFORMAÇÃO DEMOGRÁFICA:
População (2009): 22.900.000
Taxa de crescimento anual da população: 1.8 (PROJ PARA 2005-2015)
População urbana (% da população total) (2005): 35.6 (PROJ.)
Estrutura etária (2005): População com menos de 15 anos: 44%; População com 65 anos e mais: 3.2%.
Taxa de mortalidade infantil (2007): 115.4 por 1.000 nados vivos
Esperança de vida à nascença (2007): 42.1 anos Taxa de analfabetismo (2009): 43 %
Taxa de frequência do ensino primário (2008): 95,5%
3. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (2009): 0,384 -172º EM 182.
4. INFORMAÇÃO ECONÓMICA:
Unidade monetária: Novo Metical – Mtn (desde 1 Julho 2006) 1 Mtn = 1.000,00 MT. – 1Mtn = 32.2 Mtn
PIB per capita (2008): 370 USD
Dívida externa % PIB (2008): 36.7
Dívida externa a Portugal (2008): 393 MILHÕES USD
Taxa de inflação (2008).: 7,10%
Taxa de desemprego (2007): 17%
Dados: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD)
“África e novos actores globais” em discussão
Para assegurar que as economias sejam sustentadas pela procura interna, os países africanos têm de fazer reformas económicas e financeiras, defendeu o professor universitário português Fernando Cardoso. “A exportação é uma janela de desenvolvimento, mas é preciso olhar para o consumo interno”, afirmou o ex-director da Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane.
Para garantirem a soberania de Estado, os países africanos também têm de ser capazes de produzir “a sua própria comida e vestuário”, afirmou também Fernando Cardoso. O académico Fernando Cardoso defendeu ainda a revisão dos contratos com os mega-projectos e a eliminação das zonas económicas especiais.
Arranque em Maputo
Já começou na capital moçambicana o programa de formação “Jornalismo Económico e Financeiro – Rádio, TV e Online”. Durante as próximas três semanas, dez jornalistas moçambicanos vão poder aprofundar conhecimentos sobre como desenvolver temas financeiros e económicos e sobre os formatos mais adequados.
Do programa fazem parte temas como África e o sector financeiro, mecanismos e instrumentos de microfinanças e instrumentos financeiros em geral. Serão também abordadas questões como a dramaturgia das reportagens e dos formatos jornalísticos, técnicas de investigação e pesquisa, as fontes de informação e técnicas de entrevista.
Além da planificação da dramaturgia numa produção audiovisual e de aspectos mais técnicos como a edição e tratamento de som e o software, os formandos aprenderão ainda a escrever para a internet, a saber combinar vários elementos multimédia e a criar um blog.
Durante toda a semana os participantes irão realizar diversos exercícios, trabalhos práticos e reportagens de campo. Um dos objectivos é desenvolver formatos de emissão apropriados e inovadores para o jornalismo económico-financeiro.
O curso é organizado pela TRANSTEC em colaboração com a Deutsche Welle-Akademie, no âmbito do Programa-Quadro UE-ACP sobre microfinanças, e conta com participantes da Rádio Moçambique, Rádio Encontro, Nova Rádio Paz e TV Record Moçambique.
Vídeo da primeira reunião de redacção:
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