O continente africano tem de criar uma estratégia para lidar com os países emergentes. A ideia esteve esta terça-feira em debate, em Maputo, numa conferência económica que juntou académicos e outros oradores. Um encontro ao qual não faltaram também os formandos do curso de Jornalismo Económico e Financeiro.
Para assegurar que as economias sejam sustentadas pela procura interna, os países africanos têm de fazer reformas económicas e financeiras, defendeu o professor universitário português Fernando Cardoso. “A exportação é uma janela de desenvolvimento, mas é preciso olhar para o consumo interno”, afirmou o ex-director da Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane.
Para garantirem a soberania de Estado, os países africanos também têm de ser capazes de produzir “a sua própria comida e vestuário”, afirmou também Fernando Cardoso. O académico Fernando Cardoso defendeu ainda a revisão dos contratos com os mega-projectos e a eliminação das zonas económicas especiais.
Organizada pela empresa Ceta e pelo jornal “O País Económico”, a conferência económica “África e novos actores globais” juntou ainda na capital moçambicana o sub-secretário geral da ONU, Carlos Lopes, o embaixador português António Monteiro, o professor brasileiro Georges Landau e a directora do Instituto Sul-Africano dos Assuntos Internacioanais, Elizabeth Sidiropoulus.
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